A implantação do Sistema de Comércio Exterior de Serviços (Siscoserv) na economia brasileira e sua utilização em países do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil) foram alguns doa assuntos debatidos ontem e hoje (1º/4), no workshop "Manual de Estatísticas de Comércio Internacional de Serviços", realizado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os debates visaram possíveis acordos de cooperação da Comunidade Européia e do Mercosul na construção do Sistema, desenvolvido pela Secretaria de Comércio e Serviços, do MDIC, em parceria com órgãos e entidades para gerar uma base de dados com dados estatísticos que quantifiquem a comercialização (exportação e importação) de serviços brasileiros para outros países.
O representante da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) destacou as iniciativas positivas em serviços turísticos, números extraídos da balança de pagamentos do Banco Central do Brasil (BC). Mencionou também algumas deficiências no atendimento ao turista, principalmente em relação a gastos de visitantes ao país. Identificou alguns serviços específicos do segmento como turismo de negócio, de lazer, acadêmico, entre outros.
Todos foram unânimes quanto a tendência do Siscoserv ser adotado por países do Mercosul, pela ausência de estudos aprofundados sobre o tema, utilização de estatísticas bancárias como norteador do setor, e reconhecimento de fragilidades no mecanismo que registra entrada e saída de aportes financeiros, sem a intenção dissecar as diversas nuances do segmento.
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) reforçou que o MDIC, inicialmente, condensará as exportações de serviços para, depois quantificar aquisições e construir a Balança Comercial Brasileira de Serviços, só então a integração entre países será possível.
De acordo com o diretor do Departamento de Comércio e Serviços, do MDIC, Maurício do Val, haverá informações diárias de serviços, porque o Siscoserv será uma fonte de dados, que poderá orientar o governo brasileiro em suas políticas públicas, como já vem sendo feito com os setores de serviços de software, engenharia, audiovisual, e outros.
Ações de estímulo ao setor para registrar no Sistema as exportações e importações de serviços estão sendo aprofundadas, mas já existem instrumentos do governo que reduzem perdas, facilitam ações e beneficiam toda a cadeia de serviços.
Com a consolidação dos dados, os elaboradores do Siscoserv acreditam que, futuramente, o Sistema beneficiará a todos, principalmente países que precisarão, em algum momento, iniciar uma ação como essa, de longo prazo, e de forte impacto na economia mundial. Os estados brasileiros que mais se destacam no Panorama Internacional de Serviços são Rio de Janeiro e São Paulo.
"O Siscoserv não substituirá nenhum programa de estatística existente, que de alguma forma levantam dados do setor, ao contrário, irá interagir com esses sistemas para o aperfeiçoamento das estatísticas brasileiras que atuam com serviços", disse o diretor, acrescentando que "a expectativa é o sistema crescer e agregar diversos setores, não havendo limite para expansão e abrangência do segmento."
Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Retirado de: www.ufpe.br/nht
segunda-feira, 20 de abril de 2009
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